boo-box

Oferta de Oxigênio e a Cânula Nasal


A cânula nasal é utilizada para oferta de oxigênio. Consiste em um tubo cilíndrico, com duas pequenas projeções ao longo desse dispositivo.
Essas projeções ou prolongamentos são inseridos nas narinas do paciente e a fixação da cânula se dá na face do mesmo, geralmente no entorno do pavilhão auditivo.

O oxigênio flui do cilindro, passando pela cânula e chegando a nasofaringe do usuário, que age como um reservatório anatômico.

Sabemos que a concentração de oxigênio inspirada esta intimamente correlacionada com a freqüência ventilatória e a profundidade de cada inspiração. Com tudo, a cânula nasal pode ofertar de 25% a 45% de concentrações de O2 , quando em fluxo de 1 a 6 litros/minuto (AEHLERT, 2007).
Para calcular a concentração de oxigênio, é necessário multiplicar o fluxo de O2 ofertado por 4 e soma-lo a 21% (O2 na atmosfera).

Fórmula: (4 X Fluxo de O2) + 21%

Fluxo de O2 Vs. Concentração Ofertada:

- 1 L/min = 25%
- 2 L/min = 29%
- 3 L/min = 33%
- 4 L/min = 37%
- 5 L/min = 41%
- 6 L/min = 45%

Um ponto importante a se observar é que a utilização da cânula nasal em adultos, quando em um fluxo menor ou igual a 4 L/min, não requer a umidificação.

Vantagens e Desvantagens da Cânula Nasal

Vantagens

- Confortável, bem tolerada pela maioria dos pacientes
- Não interfere na avaliação física do paciente
- Não impede a comunicação do paciente com a equipe de saúde
- Permite a fala e a alimentação
- Não há reinalação do ar expirado
- Útil em pacientes com predisposição à retenção de CO2

Desvantagens
- Facilmente deslocável
- As passagens nasais devem estar pérveas
- Resseca a mucosa nasal
- Só pode ser usada se o paciente estiver com respiração espontânea

_____________________________________________
Referências

AEHLERT, Bárbara. Advanced Cardiac Life Support. São Paulo, editora Elsevier, 2007.

MANTOVANI, Mario. Suporte Báscico e Avançado de Vida no Trauma. Rio de Janeiro, editora Atheneu, 2005.

NAENT. Prehospital Trauma Life Support. Rio de Janeiro, editora Elsevier, 2007.