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Biomecânica do trauma na avaliação do politraumatizado





Especialistas em trauma costumam argumentar que o atendimento pré-hospitalar ao politraumatizado inicia-se no momento em que os socorristas recebem o chamado. Sem dúvida, há uma grande vantagem em dirigir-se ao local do evento sabendo previamente das suas características principais. Por exemplo, uma equipe de resgate que é acionada para uma colisão frontal de veículo automotor em que os ocupantes estavam sem cinto de segurança, sabe quais as principais lesões que podem ser encontradas.

A avaliação da vítima traumatizada não consiste apenas nos achados do exame físico, mas também na suspeita de lesões que não são visíveis ao exame. O socorrista deve utilizar o conhecimento da cinemática do trauma para avaliar ou suspeitar do tipo e gravidade da lesão.

A identificação do tipo de energia, intensidade e tempo em que foi transferida são informações que podem auxiliar na avaliação do politraumatizado. Além disso, o socorrista deve correlacionar os mecanismos de lesão com as áreas anatômicas afetadas, melhorando e aumentando ainda mais o número de informações obtidas.

O uso da biomecânica na avaliação da vítima pode diminuir o tempo para identificação de algumas lesões graves, principalmente no abdome e quadril, e contribuir para o aumento de sobrevivência do traumatizado.




(Por Paulo Pepulim)

Publicado por Paulo Pepulim